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terça-feira, 11 de maio de 2010

Roupinha Nova Do Mapa


    
                                                    Era uma vez um pássaro de duas cabeças que vivia no Himalaia. Certo dia, uma das cabeças, vendo a outra comer uma doce fruta e sentindo-se enciumada, disse a si mesma : "Agora vou comer uma fruta venenosa".





Assim, comendo o veneno, todo o pássaro morreu.





Certa vez, a cauda e a cabeça de uma cobra discutiam para ver quem deveria tomar a dianteira.



A cauda disse à cabeça: "Você sempre está tomanda as rédeas; isto não é justo, você deve me deixar, às vezes, conduzir."





A cabeça respondeu à cauda: "É lei da nossa natureza que eu seja a cabeça; não posso trocar de lugar com você."





A briguinha continuava e, um dia, o rabo se fixou numa árvore, impedindo assim que a cabeça prosseguisse.



Quando a cabeça se cansou da luta, o rabo seguiu o seu caminho. Como resultado, a cobra caiu numa cova de fogo e pereceu.





No mundo da natureza, sempre existe uma ordem adequada e cada coisa tem a sua própria função. Se esta ordem for perturbada, o funcionamento será interrompido e todo o conjunto desmoronará.







O CASTELO ENCANTADO

No capítulo sétimo "KEJOYU" (Parábola do Castelo Encantado), Sakyamuni inicia contando a história de um Buda chamado Daitsu (ou Daitsuticho) que viveu em uma terra chamada Kojo (Bem Completa), na época Daisso (Grande Forma), em um tempo chamado sanzen-jintengo (ou seja, uma época situada a cerca de três mil aeons vezes dezesseis milhões de anos, portanto no remotíssimo passado).





Esse Buda Daitsu que era pai de dezesseis filhos, atingiu a iluminação e foi homenageado pelos filhos que imploraram para que o pai lhes ensinasse a Lei, para a salvação deles e das outras pessoas, de forma que pudessem obter a Sabedoria.





O Buda então pregou o Sutra de Lótus para os filhos e as pessoas, durante muitíssimo tempo. Todos os filhos acreditaram e praticaram, enquanto muitas das outras pessoas tiveram dúvidas.





O Buda Daitsu, então, após deixar a profunda meditação, dirigiu-se à audiência dizendo : "Estes dezesseis Bodhisattvas de excelente sabedoria empreenderam uma dificílima prática numa existência prévia da vida. Quem acreditar e acalentar a Lei que eles expõem atingirá a iluminação".



O Buda Sakyamuni, então, continua (no sétimo capítulo do Sutra de Lótus) dizendo que todos aqueles Bodhisattvas já atingiram a iluminação, como Budas, e que estão ensinando a Lei em seus próprios mundos.





E acrescenta que o décimo-sexto filho é ele próprio, Sakyamuni. Aqueles que o haviam ouvido pregar, desde aquela época remota de sanzen jintengo, e tiveram fé no Sutra de Lótus, dividiram-se em dois grupos.





O primeiro foi constituído por aqueles que continuaram a prática e atingiram a iluminação. O segundo grupo abandonou, mais tarde, a fé no Sutra de Lótus e aceitou ensinos budistas inferiores.





Estes últimos foram aqueles que renasceram como discípulos de Sakyamuni, na Índia, para ouví-lo pregar novamente o Sutra de Lótus e recuperar a fé, para atingir a iluminação.



Assim, Sakyamuni relata a parábola do castelo encantado e da terra do tesouro:



"Existiu, certa vez, uma terra do tesouro num lugar muito distante. A estrada que lhe dava acesso era terrível e era quase impossível caminhar por ela. Certo dia, um grupo de pessoas resolveu ir a essa grande terra. Junto a eles, ia um excelente guia conhecido pela sua sabedoria e familiaridade com a estrada.





Seu único desejo era superar todas as dificuldades ao longo do caminho e levar as pessoas ao seu destino, em segurança. Durante a viagem, entretanto, as pessoas ficaram cansadas e disseram ao guia:





* "Estamos exaustos e esta estrada é horrível. O destino é muito distante para ser alcançado. Queremos voltar para casa".





Ouvindo-os reclamar, o guia percebeu que seria terrível se as pessoas desistissem no meio do caminho, sem ver a terra. E assim, com poderes místicos, o guia fez um castelo encantado aparecer diante do grupo, e disse:



* "Não percam a coragem. Não é preciso voltar. Vejam o castelo diante de vocês. Depois de entrar, terão paz e segurança."





Animados, eles disseram:



* "Nunca vimos um castelo tão esplêndido. Agora podemos descansar e esquecer as nossas preocupações."





Com muita vontade, entraram no castelo encantado e descansaram, convencidos de terem encontrado a verdadeira felicidade.





Logo, eles recuperaram os ânimos, mas então, para assombro de todos, o guia fez o castelo encantado desaparecer. Ele disse:





* "Vamos partir. O verdadeiro tesouro não está longe. O castelo onde acabam de repousar é apenas uma ilusão que criei para vocês descansarem."



E assim, o grupo pode continuar a viagem, pela difícil estrada, em direção à terra dos tesouros."



EXPLANAÇÃO

Depois de contar a parábola, Sakyamuni explicou o significado. Ele disse que o guia representa o Buda. O Buda orienta as pessoas que trilham os maus caminhos da vida, para que elas possam atingir a iluminação.





Se as pessoas ouvissem apenas o ensino do supremo veículo (o Estado, ou Caminho, ou Veículo da Budicidade --- veja, neste site a respeito da Filosofia e Princípios Básicos do Budismo) iriam pensar:





" O caminho para o Estado de Buda é muito distante. Teremos que nos esforçar dolorosamente, por longo tempo, a fim de conseguí-lo". O Buda Sakyamuni entendia as pessoas e procura dar-lhes descanso durante o caminho.



Portanto, neste capítulo sétimo, Sakyamuni define o castelo encantado como um meio (um expediente) para conduzir as pessoas à terra do tesouro (Estado de Buda), onde podem gozar felicidade absoluta.





Ou seja, o castelo encantado representa os ensinos dos três veículos (Estados de Erudição, de Absorção e de Bodhisattva). Para os discípulos de Sakyamuni, o Buda expôs os ensinos dos três veículos como trampolim para ajudá-los a avançar ao destino final.



Nitiren Daishonin interpreta esta parábola sob um ponto de vista mais profundo. no Ongui Kuden (Registros dos Ensinos Orais), ele revela o princípio de que o castelo encantado representa as nossas vidas como mortais comuns. A terra do tesouro representa o Estado de Buda.





Ou seja, as nossas vidas contêm o Estado de Buda. Nós somos seres transitórios ou mortais, que sempre sofrem com os desejos mundanos ou se acomodam com satisfações passageiras e voláteis desses desejos, voltando a sofrer.



Entretanto, Daishonin inscreveu o Gohonzon para mostrar o princípio da transformação do castelo encantado numa terra do tesouro, sem que precisemos ir a nenhum outro lugar senão dentro de nós próprios.





Quando fazemos nossa prática, recitando Daimoku ao Gohonzon, nós nos manifestamos como entidades do Estado de Buda. Então, a nossa residência, não importando onde esteja, transforma-se instantaneamente e simultaneamente em nossa própria terra do tesouro.





Para isso, precisamos, também, exercitar, com benevolência e sabedoria, a prática de semear o Sutra de Lótus, adubando, irrigando e cuidando, com carinho e devoção, da semente do Estado de Buda que existe na vida de todas as pessoas destes nossos dias.



Neste capítulo sétimo, Sakyamuni também esclarecesse que a relação entre o mestre e o discípulo não se limita a uma vida, mas continua por toda a eternidade.





Sakyamuni afirma: "Existência após existência eles sempre nasceram juntos com os seus mestres, nas terras dos Budas, em todo o universo."





Não foi por simples acaso que nós nascemos neste mundo e conhecemos o Budismo de Nitiren Daishonin, praticando sob a orientação de nosso Mestre, Daisaku Ikeda.



O mestre e o discípulo sempre nasceram no mesmo mundo, para praticarem juntos, para propagarem juntos o Sutra de Lótus e para, juntos, conduzirem as pessoas à felicidade e à sabedoria absolutas do Estado de Buda.



       

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